NOTA DE REPÚDIO: IMDH repudia violência contra haitianos

Nota de Repúdio: IMDH repudia violência contra haitianos

 

Nossa consciência de cidadãos não pode calar-se frente à dolorosa situação vivida pelos seis haitianos atingidos pela agressão praticada no dia 1º de agosto, em S. Paulo. Atitudes como esta, humilham a todos, degradam as relações sociais e ofendem profundamente, além da integridade física, a dignidade do ser humano. Segundo a carta das Nações Unidas é imperativo defender “a dignidade inata de todos os membros da família humana” que deve ser resguarda, seja no Brasil, seja em qualquer outro país. O IMDH repudia a lamentável ação praticada contra os haitianos, condena toda forma de discriminação e violência e reafirma seu compromisso na luta contra o racismo, a xenofobia e o preconceito contra a população migrante, assim como contra toda a pessoa humana independente de sua condição migratória, origem, crença, identidade, nacionalidade ou etnia.

O Brasil tem grande tradição de acolhimento a imigrantes e a refugiados em busca de oportunidades de vida e de reconstrução do que as guerras, os conflitos, as catástrofes lhes tiraram… pessoas que desejam viver em paz e segurança. Temos certeza de que atitudes como essa não refletem o sentimento da sociedade brasileira.  Reiteremos, pois, nossa solidariedade e espírito de acolhida a todos os imigrantes haitianos e de tantas outras nacionalidades, conscientes, como nos recorda L. Boff, de que “a hospitalidade é um dos critérios básicos do humanismo de uma civilização”. Fraternidade e justiça são valores que dividimos e propagamos.

Pedimos e esperamos que os órgãos encarregados investiguem o caso, que os responsáveis respondam com justiça pelo que fizeram e que se coíba a repetição de toda e qualquer ação semelhante.  

Aos nossos irmãos e irmãs haitianos expressamos a certeza de que, juntos, podemos construir um país sempre mais fraterno, que valoriza acima de tudo a vida e que deseja ser sempre uma expressão de respeito à dignidade humana, na diversidade e na interculturalidade que a todos enriquece.

 

IMDH