Recebeu o prêmio Direitos Humanos (2005) e o Prêmio Solidário (2006), concedido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR); o Prêmio MPT10 (2018), do Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal e Tocantins; e a Medalha Mérito Dignidade Humana (2018), da Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal.
Em parceria com diversas organizações, especialmente a ACNUR, e contando com significativa rede de pessoas voluntárias e colaboradoras, o IMDH busca o diálogo amplo, a qualificação do debate público e a sensibilização das comunidades de acolhida para o direito humano inalienável à migração digna e segura.
O IMDH nasceu de um contexto no qual a questão dos refugiados despontava na agenda pública, nos anos 1990. A prática de atenção a solicitantes de refúgio e refugiados do Departamento de Direito e Cidadania do CSEM, sob a coordenação de Ir. Rosita Milesi, em parceria com Caritas Arquidiocesana do RJ e Caritas Arquidiocesana de São Paulo, e, frente ao desafio da elaboração e aprovação de uma lei brasileira relativa ao estatuto do Refugiado, são ações que motivaram a fundação de uma instituição específica pra tratar do tema – assim nascia o Instituto Migrações e Direitos Humanos.
As demandas e pedidos de apoio a migrantes e refugiados cresceram na década de 90. E a demanda para que se fundasse uma instituição específica, igualmente.
As reflexões avançaram e, em 22 de dezembro de 1999, Pe. Virgilio Leite Uchoa, Maria Luiza Shimano e Ir.Rosita Milesi, em assembleia, aprovaram o Estatuto e formalizaram a fundação do Instituto, inicialmente com o nome de Instituto Solidário Migrações. Posteriormente, alterou-se a denominação para Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e várias outras pessoas foram sendo admitidas como associadas, ampliando seu quadro e também o leque de projetos e âmbitos de atuação, sempre voltado à finalidade central definida em sua fundação.
O IMDH pertence à Congregação das Irmãs Scalabrinianas. É uma associação, de fins não econômicos, de caráter filantrópico, voltada à atenção, assistência e defesa de direitos de pessoas em mobilidade, abrangendo migrantes internos, imigrantes, emigrantes, refugiados, refugiadas e apátridas.
Com o objetivo de melhor contribuir com a causa a qual se dedica e poder desempenhar a missão de forma mais ampla e abrangente, o IMDH, com apoio do ACNUR, articulou a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR), atualmente integrada por aproximadamente 70 instituições.
Ao longo de sua trajetória, o IMDH recebeu vários prêmios e reconhecimentos (ver lista completa abaixo), a começar pelo Prêmio Direitos Humanos 2005, concedido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República; em 2006, o Prêmio Solidário, concedido pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Vários outros prêmios e condecorações foram concedidas à Ir. Rosita Milesi – do Governo da Itália, do Governo brasileiro/Ministério das Relações Exteriores, do Ministério Público do Trabalho, etc.
Em março de 2018, em atenção à crise humanitária da Venezuela e ao grande fluxo de migrantes e refugiados no Brasil ingressando pelo Estado de Roraima, o IMDH abriu um escritório em Boa Vista (Roraima), voltado ao atendimento específico a mulheres e crianças. Em razão da mesma demanda de migrações venezuelanas em larga escala e da necessidade de apoiar a interiorização das famílias desejosas de se deslocarem de Roraima para outras regiões do país, em uma parceria entre AVSI Brasil, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e IMDH, foi instalado o Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, localizado em Brasília. O espaço está voltado especificamente a acolher famílias de migrantes e refugiados venezuelanos e prepará-las para sua inserção cidadã e autônoma no Distrito Federal.
O IMDH é atualmente uma entidade vinculada à Fundação Scalabriniana, da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, Scalabrinianas, sediada em Roma.
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