General Helder de Freitas Braga, coordenador operacional da Operação Acolhida, visita a Casa Bom Samaritano que acolhe migrantes e refugiados venezuelanos

A Casa Bom Samaritano recebeu na quarta-feira (18/10) a visita do general Helder Braga, coordenador operacional da Operação Acolhida.  Desde fevereiro de 2018, a Operação Acolhida é responsável pelo Projeto do Governo Federal de atenção humanitária aos migrantes e refugiados venezuelanos que cruzam a fronteira em Pacaraima (RR) e, no Brasil buscam proteção e condições de uma vida melhor.

O Centro de Acolhida Casa Bom Samaritano, cituado em Brasília (DF), por sua vez, é o local onde famílias venezuelanas, voluntariamente interiorizadas, são acolhidas e integradas no âmbito do projeto “Acolhidos por meio do trabalho”. Este projeto, do qual a Casa é uma unidade, é implementado pela AVSI Brasil, em parceria com o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)/Fundação Scalabriniana, Fundação AVSI e AVSI-USA, com o financiamento do PRM e com apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que cedeu gratuitamente o espaço, localizado no Lago Sul, em Brasília.

O general Helder foi recepcionado pela diretora do IMDH, Irmã Rosita Milesi, pelo coordenador local, Paulo Heider Tavares, e pela equipe técnica da Casa. Contou que está na coordenação da Operação há menos de um ano e com prazer acolheu o convite a visitar e conhecer em sua estrutura metodológica e física da Casa Bom Samaritano, um espaço com capacidade para receber até 94 pessoas, oferecendo a elas assistência humanitária, capacitação, inserção laboral e sociocultural. Durante o período de permanência das famílias na Casa, até 90 dias, todo o apoio lhes é propiciado para favorecer melhores condições de integração à sociedade brasileira.

“Vejo o ingresso das pessoas lá em Roraima, mas só agora estou tendo contato com a ‘ponta da linha’, conhecendo um local de acolhimento e integração dos venezuelanos que é oferecido aqui na Casa Bom Samaritano”, afirmou o general. Destacou a importância de parceiros no atendimento aos venezuelanos e o papel das Forças Armadas nessa tarefa.

“A impressão (sobre o projeto Acolhidos pelo trabalho e a Casa Bom Samaritano) é excepcional, eu já tinha ouvido muito falar… Normalmente, a gente faz um acompanhamento de longe, mas um espaço como esta Casa é um local que eu não podia deixar de visitar. A Operação Acolhida é uma ação do Estado brasileiro, que tomou a decisão, tempos atrás, de atuar como país acolhedor. E nós fomos instados a participar da Operação Acolhida, num momento difícil do estado de Roraima. Fomos atenuar um grave problema social que se instaurava no Estado. Nós estamos numa missão humanitária e termina sendo uma experiência muito boa para as Forças Armadas. Eu sou do Exército, mas na verdade, nesta Operação, nós representamos as três forças, que atuam desarmadas e procurando acolher da forma possível, contando para isto com nossos parceiros, como são as instituições que viabilizam este Centro de Acolhida. Nós somos mais de 120 agências, onde eu não sou o comandante, mas, sim, o Coordenador Operacional. Neste contexto, nós implementamos as decisões do Estado brasileiro”, afirmou.

A Irmã Rosita Milesi se disse agradecida com a visita. Destaca que o sucesso da estrutura de assistência para os migrantes e refugiados da Venezuela provém da atuação conjunta de representantes governamentais e não governamentais, organismos internacionais e da sociedade civil.

“A importância dessa visita se situa no contexto do processo de acolhida e integração dos refugiados e migrantes. E, nesse processo tem todo o sentido somar forças com todos os atores que se fazem presentes e aportam sua contribuição num foco comum – acolhida e integração dos migrantes e refugiados –  independentemente de estarem em locais diferentes ou colaborando em diferente modalidades e funções. Nesta ação, coordenada e articulada, tem muito sentido que recebamos a visita de pessoas, seja de parte da coordenação da Operação Acolhida, seja por parte de outras organizações sociais e organismos internacionais, como são, por exemplo, o ACNUR, a OIM, e tantas outras organizações sociais e humanitárias. A própria Casa Bom Samaritano é resultado dos esforços e contribuições de vários parceiros”, concluiu Irmã Rosita.