Parceria do IMDH e Sabin garantiu realização de exames a mulheres migrantes e refugiadas

Durante o Mês da Mulher, o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)/Irmãs Sacalabrinianas e o Instituto Sabin realizaram uma parceria que pode oferecer gratuitamente exames de check-up para 50 mulheres migrantes e refugiadas atendidas pelo IMDH. A ação pode ajudar mulheres de nacionalidades distintas, entre elas venezuelanas, colombianas, cubanas, haitianas e filipinas.

Mariana Reis, do setor de Apoio Psicossocial e Integração Comunitária-Econômica do IMDH, lembra que esta ação surgiu a partir de uma demanda concreta observada nos atendimentos às mulheres migrantes. “Ao conversar com as mulheres, muitas informaram que estavam há mais de ano sem qualquer tipo de acompanhamento em saúde, e outras disseram que desde que chegaram ao Brasil, não tinham realizado qualquer tipo de exame. Esta ação conjunta com o Sabin possibilitou uma atividade que promova a saúde através da realização rápida de exames de rotina, mas também foi uma oportunidade de apresentação dos serviços de atenção básica do SUS disponíveis no Distrito Federal – e este conhecimento dos dispositivos de saúde a que podem recorrer contribui para uma integração sustentável no território”, destacou Mariana.

A diretora do IMDH, Ir. Rosita Milesi, manifesta seu agradecimento ao Sabin por mais essas ações. “Apoiar mulheres refugiadas e migrantes na atenção à saúde, de modo especial num período como este que estamos vivendo, é uma ação altamente louvável. Muitas destas pessoas que tiveram esta oportunidade, como elas bem expressam, ansiavam por uma atenção sobre seu estado de saúde, mas suas condições não lhes permitiam e diante de tantas demandas urgentes que a pandemia COVID-19 provoca, elas mesmas se resignavam, protelando uma necessidade que as angustiava. O Instituo Migrações e Direitos Humanos expressa, aqui, seu agradecimento ao Laboratório Sabin por esta ação que marcou com resultado muito positivo e alentador este grupo de mulheres refugiadas e migrantes no Distrito Federal”, lembrou Ir. Rosita.

Acompanhe os testemunhos de algumas das mulheres que foram beneficiadas com os exames:

“Agradeço muito por esses exames. Tenho que fazer um tratamento que não conhecia. Graças a isso fiquei sabendo, já senti alguns sintomas e esses exames caíram do céu. Agradeço muito a todas as pessoas que participaram e me apoiaram desde que cheguei aqui. Tudo foi excelente e eles até nos deram o café da manhã. Sou hipertensa, não faço exames há dois anos. Estou muito feliz”. (Yuneiri Chiquinquira Semprun de Zambrano, 52 anos)

 

“Uma oportunidade de vida oferecida por uma mão abençoada a uma mulher imigrante que em seu país carece de atenção prioritária na área da saúde”. (Milagros del Valle Araneo Alvarez, 53 anos)

 

 

“Para mim, foi uma benção… a palavra correta é essa, uma benção de Deus. A gente não tinha condições, economicamente falando e estava precisando muito. Desde janeiro estava buscando atendimento médico e não tinha por causa da pandemia e não tinha condições de pagar. A chegada dessa oportunidade foi uma benção. Dar esse presente para nós não tem preço. Obrigada por um presente tão oportuno no Dia da Mulher”. (Ana Tibisay Farfan Rojas, 59 anos)

 

“Bem, fico muito grata, foi uma surpresa! Agradeço muito por cuidar da gente, nem pedi, me chamaram para fazer. Eu sei como está a situação hoje. Estou pré-diabética e os exames foram muito importantes, agora tenho que levar ao médico, estou esperando alguns dias, pela pandemia, estou com medo. Estou muito agradecida!” (Miriam Marlene Espinoza Ebuly, 56 anos)

 

“Foi muito bom, deu muita ajuda para nós. Faz muito tempo que não fazíamos exames, eu e minha mãe. Parabéns para vocês pela ação”. (Mary Pauli Perez, 34 anos)

 

 

“Eu fiquei orgulhosa por cuidarem das pessoas estrangeiras. Agradecer ao IMDH e o Brasil pelo apoio e agradecer muito por poder fazer esses exames. Eu e minha mãe precisávamos muito do exame e fico agradecida de saber que tivemos essa oportunidade e saber que estão a favor dos migrantes. Me sinto honrada e afortunada em participar dos programas de vocês”. (Naile Consuelo Gomez Infante, 31 anos)

 

“A oportunidade foi muito boa, pois atualmente, em tempos de pandemia, muitas pessoas não têm recursos para fazer esses exames”. (Marielys Josefina Granados Osuna, 27 anos)