3º Encontro Europeu da Rede de Brasileiras e Brasileiros no Exterior

Para ser uma metáfora perfeita, teríamos que considerar – como um brasileiro de terras planas aprende na Catalunha das grandes montanhas denominadas Pirineus, onde, de fato e de mito, nasce a Europa – que também a descida não seria necessariamente fácil. Mas, daqui de cima, a vista é esplendidamente promissora.

 

Para ser uma metáfora perfeita, teríamos que considerar – como um brasileiro de terras planas aprende na Catalunha das grandes montanhas denominadas Pirineus, onde, de fato e de mito, nasce a Europa – que também a descida não seria necessariamente fácil. Mas, daqui de cima, a vista é esplendidamente promissora.

 O Documento de Barcelona, que ora apresentamos, é o ponto culminante de uma caminhada que começa em 1997, em Lisboa, com uma primeira atividade que reúne as associações de brasileiros na Europa e começa a sistematizar as primeiras propostas e reivindicações que hoje se atualizam. E é muito importante começar dizendo que no Encontro de Barcelona também estiveram os participantes e construtores daquela primeira reunião de 1997, como Carlos Viana, da Casa do Brasil de Lisboa e Manoel Mattos, do Núcleo do Partido dos Trabalhadores de Lisboa, dentre outros. Assim como não nos surpreenderemos se aparecerem a descrição de outras importantes reuniões, entre aquele longínquo 1997 e este nosso 2009. O fato é que já no ano 2002 se embrionavam os dois frutos gêmeos daquela gestação brasileira em terras lusitanas: o Documento (base atualizada) de Lisboa e o processo de articulação em Rede, que hoje se consolida no Encontro de Barcelona.

O Documento de Lisboa é a base propositiva e reivindicativa do que ainda hoje não se concretizou, por parte do Estado Brasileiro. Já em dezembro de 2007, em Bruxelas, floresce o que seria a mobilização social e política para o Documento ganhar força e “sair do papel”: a Rede de Brasileiras e Brasileiros na Europa. Ernesto Guevara costumava dizer “ousar lutar, ousar vencer”. E a Rede já nasce ousadamente, como haveria de ser, com pretensões mundiais (e provocadora da centralidade da discussão de gênero). Mas a própria Rede reconhece, logo em seguida, a necessidade de respeitar os diversos contextos continentais e territoriais de organização de base, para por fim “juntar as partes” e fortalecer-se como Rede. E o debate de gênero, felizmente, se intensifica e reflete a realidade do maior número de mulheres participantes. Sempre!

Confira o documento na íntegra.