ACNUR apresenta documentário sobre refugiados no carnaval do Rio de Janeiro

A produção audiovisual relata a trajetória de cinco refugiados que participaram neste ano do desfile da Acadêmicos do Salgueiro, durante o carnaval carioca no sambódromo da Sapucaí.

Nesta quarta-feira, 29 de junho, o Cine Brasília, espaço de referência para o cinema no Brasil, foi palco para a pré-estreia do documentário ‘Resistência: A jornada dos Refugiados no Carnaval do Rio’, produzido pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O documentário conta a história de cinco refugiados que participaram do desfile do Salgueiro em 2022, durante o carnaval carioca no sambódromo da Sapucaí. O filme traça a trajetória desde os ensaios com a escola de samba até a participação.

A equipe do Instituto Migrações e Direitos Humanos esteve presente no evento de pré-estreia, junto com sua diretora, Ir. Rosita Milesi. No local estiveram pessoas refugiadas que vivem no Distrito Federal, autoridades governamentais, organizações da sociedade civil, representantes do corpo diplomático e funcionários do ACNUR e de outras agências da ONU.

Documentário
A participação de pessoas refugiadas no desfile do Salgueiro foi possível devido a uma parceria entre a escola de samba e o ACNUR em prol de uma maior integração desta população na sociedade brasileira. As pessoas refugiadas que participaram do desfile foram selecionadas pela Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro e pelas Aldeias Infantis SOS Brasil, organizações da sociedade civil que são parceiras do ACNUR no acolhimento, atendimento e proteção desta população no Estado do Rio de Janeiro. O grupo reuniu pessoas refugiadas de cinco nacionalidades diferentes como Angola, Marrocos, República Democrática do Congo, Síria e Venezuela.

Despedida de José Egas
A noite também foi uma homenagem a José Egas, representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no Brasil, que se despede da função nesta semana. Nascido no Equador, iniciou sua carreira no ACNUR em 2006 como Oficial de Reintegração em Luanda, Angola. Em 2007, foi Oficial de Proteção em Manaus, onde ficou até 2008, quando mudou-se para a Colômbia para ser Chefe do Escritório de Campo em Quibdó. Após passar por outros países, assumiu a posição de Representante do ACNUR no Brasil em setembro de 2018.

Foto destaque: ACNUR