No último sábado, 24, o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) participou do Projeto AMIGRE, no Centro Educacional 02 do Riacho Fundo I, em Brasília-DF. O projeto é uma importante ação promovida pela Cruz Vermelha – Distrito Federal e o Observatório de Direitos Humanos do curso de Relações Internacionais do Centro Universitário IESB, em parceria com o IMDH.
Durante toda a tarde foram oferecidos serviços de atenção básica de saúde para imigrantes e refugiados do Distrito Federal. A atenção básica é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Os imigrantes e refugiados passaram por orientações, verificação de pressão e glicose, entre outros atendimentos que pudessem assegurar o bem estar deles. Na ocasião, dezenove pessoas foram atendidas. Na área de enfermagem foram quatorze sendo 4 de Camaraões, 3 do Haiti, 3 da República Democrática do Congo e um do Togo. Na área recreativa, cinco crianças e adolescentes participaram sendo 3 da República Democrática do Congo e duas de Camarões.
A coordenadora do Projeto, Monique Cancelli, explica que o Projeto AMIGRE surgiu a partir do interesse dos membros da Cruz Vermelha em ajudar os imigrantes. “Através do Observatório dos Direitos Humanos que atua em parceria com o IMDH nós conseguimos realizar essa ação tão importante para quem precisa. É algo que nós já estávamos tentando há bastante tempo”, disse.
Monique procurou a Professora Francisca Gallardo, docente do curso de Relações Internacionais do IESB e coordenadora do Observatório de Direitos Humanos, para uma possível parceria entre as instituições. “Nós, da Cruz Vermelha Brasília, participamos de uma reunião do observatório para identificar qual era a principal demanda dos migrantes para que a gente pudesse atuar”, explica. Após a reunião, Monique montou a ideia do projeto e no sábado, a primeira atividade foi executada.
O Observatório de Direitos Humanos do IESB foi desenvolvido com o intuito que os alunos-voluntários do curso de Relações Internacionais ministrem aulas de português. Segundo a Professora Francisca, coordenadora do curso de Português para imigrantes, as aulas permitem um maior contato e facilidade de convivência no país, permitindo assim uma adaptação e inserção mais facilitada no mercado de trabalho. “Estamos trabalhando para levar o curso a outras cidades do Distrito Federal. Atualmente estamos atendendo aqui no Riacho Fundo I, no Paranoá e em Samambaia, mas o nosso intuito é ir além”, enfatiza.
O IMDH enquanto instituição parceira, atuante e dinâmico no atendimento aos imigrantes e refugiados esteve representado por sua diretora, irmã Rosita Milesi, que destacou a importância do Projeto para aqueles que se encontram em estado de vulnerabilidade. “Ações como a que realizamos são da maior importância, pois asseguram o atendimento a uma necessidade básica, a saúde. Embora o serviço oferecido possa parecer relativamente simples, pode revelar situações de sofrimento que os refugiados vivem, para as quais nem sempre buscam assistência por receio, dificuldade de comunicação, falta de recurso para o transporte, enfim, situações também simples, mas que inviabilizam condições básicas de bem estar. Ademais, atenção à saúde é uma expressão de acolhida, carinho e sensibilidade que torna a vida destas pessoas um pouco mais leve, confiante e feliz”, concluiu.
Por Henrique Rufino
Assessoria de Comunicação Social – IMDH