Diante das fortes chuvas que atingiram o estado do Acre no mês de fevereiro, atrelado ao cenário da pandemia da COVID-19, o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e a Riachuelo se uniram para fazer doações e auxiliar migrantes na divisa entre Brasil e Peru. A varejista de moda enviou aproximadamente 1.200 peças de roupas, entre elas camisetas, calças e calçados, e o Instituto das Irmãs Scalabrinianas teve a alegria de ser o elo articulador desta ação, no âmbito da Rede CLAMOR Brasil, para a Diocese de Rio Branco.
Famílias refugiadas serão ajudadas com esta iniciativa que também articulou para que outras instituições apoiassem as comunidades. Centenas de migrantes de várias nacionalidades passaram meses acampados principalmente na fronteira entre as cidades de Assis Brasil com Iñapari/Peru, na expectativa de seguirem seus caminhos e encontrar soluções mesmo em tempos de pandemia. Muitos deles perderam seus empregos ou não viam condições de conseguirem seu sustento no Brasil, desejosos de retornar aos seus países ou de buscar oportunidades em outras regiões. Sem alcançar seus objetivos, muitos retornaram aos locais de residência, outros permanecem no Acre e necessitam de apoio e de itens básicos de saúde, alimentação e vestuário.
Ir. Rosita Milesi, diretora do IMDH, destaca o empenho da instituição em poder colaborar com essa necessidade. “Atos de generosidade, manifestações de sensibilidade frente a necessidade e o sofrimento que o outro está passando são expressões de fraternidade a suavizar a dor do ser humano que, muitas vezes, na busca incansável de melhores condições de vida, não hesita enfrentar as mais duras travessias ou suportar carências que lhe ferem a alma. O IMDH tem ajudado na busca de uma solução para estes migrantes, sempre em comum acordo e articulação com a Diocese de Rio Branco, Cáritas local e outras muitas organizações que integram a Rede CLAMOR Brasil”, lembrou Ir. Rosita.
Para Valesca Magalhães, gerente de sustentabilidade da Riachuelo, é primordial ajudar o próximo, principalmente em momentos como o que estamos vivendo. “Estas doações simbolizam muito mais do que as roupas, é o olhar ao próximo, é zelar pelo bem-estar social e é algo que faz parte de nossa responsabilidade como companhia. Estamos há mais de 70 anos ao lado dos brasileiros, e diante do cenário que vivemos, focamos em agir para o bem-estar coletivo. Temos o propósito de transformar vidas então é nosso papel cuidar das pessoas”, declara.
Dom Joaquim, Bispo da Diocese, e Aurinete Brasil, acolhem com gratidão esta doação que nos próximos dias estará chegando ao Estado para distribuição a migrantes e necessitados, sobretudo nesta época quando as enchentes tanto afetam a vida de migrantes, refugiados, brasileiros e brasileiras que vivem no Estado do Acre.