Apoiar projetos de geração autônoma de renda tem sido uma das atividades desenvolvidas pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), associação vinculada à Congregação das Irmãs Scalabrinianas. Neste período de pandemia, apoiar ações que gerem renda faz uma completa diferença na vida de quem procura uma oportunidade. Segundo pesquisa do IBGE, publicada nesta semana, o País chegou a 13,5 milhões de desempregados ao final do mês de setembro, atingindo uma taxa de desemprego de 14%.
Buscando sair dessas estatísticas, a senhora Milagros Del Valle Araneo Alvarez, migrante venezuelana que reside na Ceilândia Norte (DF), procurou a ajuda do IMDH para apoiar seu desejo de empreender com a fabricação de pães artesanais. Milagros já havia realizado cursos de capacitação na Venezuela. Vive com seu esposo, e ambos vieram para o Brasil em novembro de 2019 devido à doença que o marido possui e que necessitava de melhor cuidado e tratamento. Por causa da crise humanitária que a Venezuela vive, o sistema de saúde não possibilitou o tratamento adequado para a saúde de seu esposo, buscando no Brasil o apoio que não podiam obter em seu país de origem.
Diante da dificuldade de conseguir estabilidade durante a pandemia do Covid-19, Milagros solicitou ajuda ao IMDH que a orientou a fazer o registro de Microempreendedor Individual, a fim de poder exercer com tranquilidade a profissão, bem como apoiou financeiramente para que pudesse comprar o forno a gás e prover, com seu trabalho, o sustento e cuidados especiais que seu esposo necessita.
Milagros falou sobre o atendimento no IMDH e a ajuda recebida para iniciar seu empreendimento. “Alguns amigos nos falaram do Instituto Migrações e Direitos Humanos, no Varjão. Meu marido foi para lá e a partir desse momento eles têm sido anjos no nosso caminho de migrantes. Eles nos ajudaram com os remédios que meu marido precisa usar. Com esta pandemia, tivemos dificuldades com os medicamentos. Diante disso e da baixa renda, propomos o projeto de elaboração do Pão Artesanal junto ao departamento do Setor de Integração Sócio-Laboral do IMDH, que nos orienta e monitora. O forno a gás que recebemos tem sido uma ferramenta vital para o início da renda econômica da família e me inicia como uma empreendedora independente. Vamos oferecer os produtos à comunidade de Ceilândia Norte e com a firme convicção de que será estendido para áreas próximas”, destacou.