Reafirmando uma parceria que tem contribuído com mulheres migrantes e refugiadas nas questões de saúde e prevenção, neste Mês da Mulher, o Instituto Sabin doa 50 pacotes de check-up para mulheres atendidas pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH). A ação beneficiará migrantes e refugiadas com idade superior a 50 anos ou que não tenham tido oportunidade de fazer exames de controle em período recente.
Esta parceria com o Instituto Sabin acontece desde 2018. Ao longo deste tempo, afirma Ir. Rosita Milesi, Diretora do IMDH, que diversos apoios foram recebidos, através da doação de roupas, calçados e cestas básicas, destinados a apoiar migrantes e refugiados em situação de vulnerabilidade. Em 2020, o IMDH Brasília atendeu em seus projetos aproximadamente 600 mulheres. Dentre tantas, há quem não tenha tido nenhuma oportunidade de fazer uma avaliação, com os necessários exames, sobre sua condição de saúde.
Jennifer Espitia, 33 anos, e sua mãe, Ruth Gloria Cordero Pereira, 58 anos, moram em Brasília e receberam o voucher para realização dos exames na tarde desta terça, 9 de março, entregue por Ir. Rosita Milesi. Natural da Venezuela, Jennifer é formada em comércio exterior e é empreendedora de uma loja virtual. “Gratidão acho que seria a palavra certa. É difícil a gente fazer exames e estou muito agradecida. Minha mãe mora no Brasil há 2 anos e é natural da Colômbia. Eu abri um pequeno empreendimento há pouco mais de um mês, mas por causa da pandemia está bem difícil. Sou formada, mas ainda não tenho emprego na área”, lembrou Jennifer.
Karina de Souza, supervisora administrativa do Instituto Sabin, lembra que a ação acontece em comemoração ao mês da mulher. “Sabemos que o IMDH atende diversas pessoas, dentre elas mulheres migrantes, e que muitas vezes não tem oportunidade de realizar alguns exames para verificar a sua saúde. Frente a esta realidade, decidimos fazer uma parceria com o IMDH e doar alguns exames básicos” destacou Karina.
Coordenando a viabilização desta ação, Mariana Reis, que trabalha na área de Apoio Psicossocial e Integração Comunitária-Econômica do IMDH Brasília, destaca que o acesso à saúde é um direito humano e deve acontecer de forma prática. “Todas as beneficiadas por esta ação conjunta com o Sabin continuarão a receber orientações para que esses exames sejam parte de um acompanhamento integral em saúde, ou seja, que depois da realização destes exames o acompanhamento aconteça também por outros dispositivos de saúde disponíveis pela rede pública”, lembrou.
Ir. Rosita Milesi, diretora do IMDH, fala sobre a importância de ações para a prevenção da saúde da mulher migrante. “Entre tantos aspectos com que se preocupam as mulheres migrantes e refugiadas, sempre atentas aos filhos, aos pais idosos ou doentes, o sustento da família, os familiares que se encontram distantes, às vezes passando necessidades no país de origem, os desafios de recomeçar a vida em uma nova terra, elas mesmas, muitas vezes esquecem de si, e devido à situação de vulnerabilidade em que se encontram, não conseguem garantir o cuidado básico que um conjunto de exames pode lhes propiciar. Este apoio do Instituto Sabin veio como uma bênção para 50 mulheres que expressam sua gratidão pelo sorriso feliz ou mesmo com uma lágrima de emoção”, finalizou Ir. Rosita.