O Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) tem em sua missão a busca por promover o reconhecimento da cidadania plena de migrantes, refugiados e apátridas, atuando na defesa de seus direitos. Neste sentido, o Papa Francisco tem motivado para que estejamos atentos aos mais empobrecidos, sendo a Jornada Mundial dos Pobres uma atividade que tem impulsionado em toda a Igreja esta reflexão.
Atentos à situação de vulnerabilidade em que muitos migrantes e refugiados se encontram, assim como considerando o momento de pandemia vivido em todo o mundo, numa realidade de perda de renda pessoal e familiar, a equipe do IMDH de Brasília e de Roraima tem colaborado com ações concretas de entrega de cestas básicas, leite e fraldas para bebês.
Durante o período de pandemia, entre os meses de março a novembro, o IMDH realizou a distribuição de mais de 1.800 cestas básicas a famílias que passam por dificuldades, sendo 210 em Roraima, 200 no Acre e 1.392 no Distrito Federal e em alguns outros estados. Para bebês e crianças até 3 anos, o Projeto Angel Gabriel ajudou mais de 500 famílias, através da doação de kits com leite, suplemento alimentar e fralda descartável.
Segundo a diretora do IMDH, Ir. Rosita Milesi, existe um papel importante das instituições em somar esforços que busquem a ajuda mútua. “Faz-se necessário lembrar da importância da solidariedade e da generosidade para que seja uma prática de vida sempre nas relações da sociedade e nas relações entre os membros da família humana”, destacou Ir. Rosita.
Desigualdade social tem aumentado
Segundo dados publicados pela Cáritas Brasileira, no Brasil, no período de 2014 a 2018, a renda dos 40% mais pobres caiu, em média, 1,4% por ano. O número equivale a 85 milhões de pessoas em situação de empobrecimento, segundo o Banco Mundial, a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). De acordo com a pesquisa, houve um alívio temporário ao longo de 2020 com a renda emergencial. Contudo, as pessoas voltarão à situação anterior após o fim do benefício, em dezembro deste ano. Dez milhões de brasileiros ficam pelo menos um dia da semana sem comer. Com isso, o País registrou o pior desempenho da América Latina de acordo com quadro comparativo da evolução da pobreza extrema, da pobreza e da desigualdade entre os países latino americanos, segundo o Banco Mundial.
Jornada Mundial dos Pobres
No Brasil, a CNBB confiou à Cáritas Brasileira a animação e a mobilização da Jornada Mundial dos Pobres. A entidade, nesse período, já realizava a Semana da Solidariedade – para pensar e agir por um país justo, fraterno, igualitário, solidário e amoroso, por ocasião de seu aniversário de fundação, 12 de novembro de 1956.