O Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) participou no último sábado, 12 de agosto, de um encontro com a Comunidade dos Ganeses, realizado na Universidade Católica de Brasília.
O evento foi promovido pela Embaixada de Gana em parceria com o IMDH e a UCB. Estiveram presentes aproximadamente 130 ganeses no auditório da Universidade. O encontro iniciou com atividades artísticas musicais, animando os participantes que rapidamente se reuniram no local.
O objetivo foi prestar informações e esclarecimentos relativos à obtenção de documentos do próprio país e sobre as obrigações civis que devem respeitar. Vários outros temas animaram o debate e as demandas que a comunidade apresentou aos representantes diplomáticos de Gana. Por outro lado, solicitaram e receberam informações relacionadas a trabalho aqui no Brasil, sobre as possibilidades de obtenção da cidadania brasileira e de reunião familiar.
Outro ponto importante apresentado na ocasião foi a ação do Projeto Ser+, da UCB, que promove a ambientação cultural, ensino da Língua Portuguesa e noções de informática com o objetivo de capacitar migrantes e refugiados para o mercado de trabalho. Com base em sua missão, a Universidade Católica de Brasília oferece uma atenção especial às populações mais vulneráveis em geral, e com muita frequência aos que se encontram nas proximidades da Instituição, como os migrantes e refugiados radicados em Taguatinga e no entorno. O Projeto Ser+ recebe, há alguns anos, os migrantes e refugiados, por indicação de instituições parceiras, como o IMDH, ao auxiliar na comunicação e aperfeiçoamento curricular, para ambientação, acesso ao trabalho e serviços públicos.
Para identificar a comunidade ganesa que reside no Distrito Federal, o IMDH está promovendo um levantamento, objetivando dados aproximados sobre quantos vivem na capital federal.
Graças a ações específicas perante o Conselho Nacional de Imigração, realizadas pelo IMDH em parceria com a Defensoria Pública da União, a grande maioria já vive em condição regular com documentos de residência permanente. Isso se deve a um esforço conjunto do IMDH e DPU para que os solicitantes de refúgio que se encontram no Brasil e que não reúnem os requisitos para o reconhecimento desta condição pudessem obter, como de fato obtiveram, regularização migratória.
É admirável ver o entusiasmo desta comunidade pelo Brasil, sua integração e seus esforços para apoiar-se reciprocamente e ajudar tanto à comunidade em si, quanto contribuir com o Brasil, trabalhando nas oportunidades que se apresentam e envidando todos os esforços para superar a crise de desemprego.