Ir. Rosita agradece pelo recebimento do Prêmio Estrelas do Diálogo

Na noite do dia 17 de março, em uma cerimônia realizada no Hotel Renaissance, em São Paulo, diversas personalidades foram homenageadas na 2ª edição do Prêmio Estrelas do Diálogo, promovido pelo Instituto Pelo Diálogo Intercultural. Entre os premiados deste ano estavam nomes como Carlinhos Brown, Carlos Nobre e Natuza Neri. O evento contou com a presença de líderes religiosos, educadores e ativistas, reforçando a importância do diálogo intercultural no Brasil.

Uma das homenageadas da noite foi a Irmã Rosita Milesi, missionária scalabriniana e diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH)/Fundação Scalabriniana, que recebeu o “Prêmio Diálogo Social” em reconhecimento ao seu trabalho de quase 40 anos com refugiados e migrantes. Considerando que Ir. Rosita não pode comparecer à cerimônia, Maria Marlene Silveira Miranda a representou naquele evento.
Mas, os integrantes do Instituto que lhe concedeu o prêmio tiveram a gentileza de realizar a premiação em evento especial, no dia 26 de março, em Brasília. Em suas palavras de agradecimento, Ir. Rosita expressou sua emoção e reflexões sobre a importância do diálogo para a promoção da paz e da convivência entre os povos.

“Estou muito emocionada neste momento. O Instituto pelo Diálogo Intercultural gentilmente trouxe o prêmio para me entregar aqui em Brasília, frente a esta plateia querida, que tem como base a promoção da paz através do diálogo”, afirmou.

A religiosa destacou a relevância do diálogo em diferentes âmbitos – intercultural, interreligioso, intergeracional – enfatizando que ele é um elemento essencial para inspirar e educar para a paz. “Na confiança recíproca, o diálogo tem o seu espaço e ele acontecerá quando nos livrarmos de nossas certezas absolutas. Se partimos com certezas indiscutíveis, não dialogamos”, ressaltou.

Ir. Rosita também relembrou o momento em que conheceu os integrantes do Instituto, destacando sua atuação em defesa dos refugiados. “Como foi importante, na ocasião, quando uma pessoa que conhecia os solicitantes de refúgio, espontaneamente, me fez chegar um depoimento muito positivo sobre eles e sobre seu trabalho e atuação pela paz. Isto me marcou profundamente e reforça a importância de priorizarmos uma visão positiva sobre os migrantes e refugiados, não apenas de tolerância ou, pior, de rechaço.”

A missionária fez questão de dividir o prêmio com todas as pessoas e organizações que colaboraram com sua trajetória. “Minha caminhada é longa, mas não existiria sem o apoio de inúmeras instituições, famílias e refugiados com quem tive a oportunidade de interagir. Posso dizer que aprendi muito mais com eles do que aquilo que pude fazer por eles.”

Por fim, expressou sua gratidão ao Instituto pelo Diálogo Intercultural. “Parabéns, não só por este momento, mas, sobretudo, pela essência e o coração do Instituto. Que possamos continuar construindo um caminho de paz e convivência fraterna.”