Um grupo de aproximadamente 30 pessoas venezuelanas, indígenas da etnia warao, encontra-se em Brasília. Vivem na cidade, sem ter ainda um local definido, enquanto aguardam definição do Governo do Distrito Federal em relação a um local que possam estabelecer-se.
Neste período, necessitados estão de vários itens, seja de alimentação, itens domésticos, e também apoio para a atualização de seus documentos. Diante da situação precária em que se encontra, o grupo tem sido apoiado por entidades da Rede CLAMOR de Brasília, formada por entidades da Igreja.
Segundo Ir. Rosita Milesi, diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos – IMDH, eles têm solicitado ajuda para suprir tanto a deficiência da documentação vencida, quanto as necessidades básicas para seu sustento e para a proteção às crianças. Atendendo ao apelo, a Diretora informa sobre os apoios oferecidos, somados, sempre aos de outras instituições sociais.
“O Instituto Migrações e Direitos Humanos – IMDH, integrante da referida Rede, prestou ajuda por várias vezes, tanto com alimentação, quanto com colchões, roupas, fraldas para as crianças, e na preparação de toda a documentação a fim de que possam, em caráter de emergência, ser atendidos pela Polícia Federal e atualizar seus documentos. Importante ressaltar que, enquanto não tiverem a documentação regularizada, deparam-se com muitas dificuldades no acesso aos direitos, inclusive ao auxílio emergencial específico para este período de pandemia”, destacou Ir. Rosita.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados, nos últimos anos, à medida que a crise da Venezuela se aprofundava, milhares de Warao se juntaram aos cerca de cinco milhões de refugiados e migrantes venezuelanos que foram forçados a deixar seu país por causa da escassez generalizada de alimentos e medicamentos, inflação galopante e insegurança. Segundo a ONU, estima-se que 3,3 mil Warao buscaram segurança em nosso País, juntamente com quase 1,7 mil outros indígenas venezuelanos, de grupos étnicos como Pemon, E’ñepa e Kariña (informações do site www.acnur.org)