O dia 19 de agosto (Dia Mundial Humanitário) é uma oportunidade para celebrar os trabalhadores e trabalhadoras que estão na linha de frente das respostas humanitárias geradas por conflitos, guerras, crises econômicas e desastres climáticos em todo o mundo, muitas vezes arriscando suas vidas em prol da proteção de pessoas refugiadas e migrantes.
No Brasil, parte deste trabalho é desenvolvido no marco da Operação Acolhida, resposta governamental ao fluxo de refugiados e migrantes venezuelanos para o país, por meio da Plataforma Regional de Coordenação Interagencial de Resposta a Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), que reúne 55 organizações da sociedade civil e da ONU operando no país.
A Plataforma R4V trabalha em estreita colaboração e coordenação com a Operação Acolhida, tanto na Região Norte, como também em diferentes esferas de governo em todo o país. Nos Estados de Roraima e do Amazonas, a Operação Acolhida reúne centenas de trabalhadores humanitários, entre eles funcionários e funcionárias das organizações que compõem a Plataforma R4V. Juntas, estas equipes se mantêm mobilizadas e atuantes para atender esta população, que chega ao Brasil em busca de proteção e assistência.
Nos últimos anos e por meio da Plataforma R4V, trabalhadores humanitários brasileiros e de diversas nações somaram esforços com equipes do governo brasileiro na resposta a uma das maiores crises recentes de deslocamento do mundo – e a maior da América Latina – que já causou o deslocamento de mais de 5,7 milhões de venezuelanos para fora do seu país.
Desempenhando atividades como monitoramento de fronteira, registro e documentação, identificação e encaminhamento para serviços para pessoas com necessidades específicas de proteção, planejamento e gestão de abrigos, entrega de itens de assistência e higiene, mobilização comunitária, compartilhamento de informações relevantes para a população assistida, apoio à Estratégia de Interiorização e atividades de meios de vida e de integração socioeconômica, a Plataforma R4V apoia a Operação Acolhida para reforçar a liderança do Brasil no campo humanitário.
Mesmo durante a pandemia da COVID-19, as equipes humanitárias que atuam na Operação Acolhida se mantiveram à frente da resposta, garantindo o apoio à comunidade refugiada e migrante por meio de medidas preventivas contra o novo coronavírus, auxiliando na construção de um hospital de campanha em apoio ao tratamento de pessoas refugiadas, migrantes e brasileiras.
Diariamente, as equipes das organizações que integram a Plataforma R4V atuam observando os princípios do trabalho humanitário: humanidade, neutralidade, imparcialidade e respeito à comunidade local e população acolhida.