NOTÍCIA: Mobilidade Humana: Pastorais discutem o tema em Encontro Nacional

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MOBILIDADE HUMANA: PASTORAIS DISCUTEM O TEMA EM ENCONTRO NACIONAL

Dentro de uma perspetiva onde quase 90% da população brasileira mora nas grandes cidades a Mobilidade Humana torna-se a cada dia um dos temas mais importantes a serem tratados na vida social. Um desafio que tem se tornado também apelo às entidades e pastorais dedicadas às pessoas necessitadas de atenção. As pastorais têm trabalhado no sentido de melhor entender e contribuir no avanço em políticas públicas e práticas sociais para a solução ou pelo menos melhoramento desta questão. 
Para buscar soluções, aconteceu em Brasília, durante os dias 20 a 22 de agosto, o VI Encontro Nacional das Pastorais da Mobilidade Humana, promovido pela CNBB. As entidades tinham como objetivo refletir juntas sobre os desafios da atualidade para avançar e qualificar resposta junto ao povo. 
Participaram do encontro 26 líderes e agentes das diversas Pastorais que integram o Setor: Apostolado do Mar; Pastoral dos Refugiados; Pastoral dos Migrantes integrada pelo Serviço Pastoral dos Migrantes e Pastoral Nipo-brasileira; Pastoral Rodoviária; Pastoral do Turismo; Pastoral na Região da Tríplice Fronteira e Setor dos Estudantes Internacionais.
A pergunta central colocada foi como as religiões podem construir uma cultura de paz? A Igreja, expressão de fé, serviço e caridade junto ao povo em mobilidade foi tema desenvolvido pelo Pe. Nelito Dornelas que contemplou, de modo especial, o ensinamento social da Igreja, dando particular destaque aos Documentos “A Alegria do Evangelho” e “Laudato Si”. A análise de conjuntura atual foi tema abordado por Daniel Seidel, membro da Comissão Brasileira Justiça e Paz, seguido da partilha de práticas e ações desenvolvidas pelos participantes do encontro. A Pastora Romi, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, enriqueceu o encontro com sua participação e o debate que se seguiu, aprofundando o tema da inter culturalidade e da construção da paz que as religiões tem como missão, aspectos que se opõem à intolerância, à xenofobia, ao racismo.
O trabalho em grupos trouxe vários elementos de reflexão e propostas, sintetizados por William César de Andrade, professor e assessor do encontro. Eis alguns itens:

Buscar maior incidência pastoral, com ações que contribuam para a caminhada das diversas pastorais. A Lei das Migrações é um dos grandes desafios.

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Dar mais visibilidade ao Setor Mobilidade Humana na própria Igreja, utilizando para tanto sites, fóruns virtuais e outros meios.

Verificar e apontar as ações e incidência específicas das Pastorais do SMH, de forma a conhecer as demandas existentes e, com a Assessoria buscar articular a luta por políticas e outros encaminhamentos, apoiados pela CNBB, em seus diversos níveis de articulação.

Valorizar e apoiar as ações que já estão no Calendário nacional das pastorais sociais e de quem trabalha com os excluídos (Dia Mundial do Refugiado, Semana do Migrante, Grito dos Excluídos, etc), fortalecendo o engajamento.

Produzir relatório anual das Pastorais que pertencem ao SMH, de modo a ter informações de cada área específica.

Constata-se “carência crônica de comunicação” (não confundir fluxo de informação, marketing, com comunicação efetiva). É fundamental refletir sobre processos que levem efetivamente à comunicação e à divulgação da temática e dos desafios que enfrentam os refugiados, migrantes, nômades, enfim, as pessoas em mobilidade. Igualmente muito importante é a difusão das ações, iniciativas, propostas e demandas que o SMH defende e para as quais busca apoio da sociedade e das autoridades.

Já temos no âmbito das pastorais algumas redes, cabendo aqui o processo de uma ação de conexão inter-redes (descobrir ou construir os espaços de ligação e conexão com as outras pastorais).

IMDH