Por iniciativa e organização da Conferência Latino-americana de Religiosos e Religiosas, acontece de 5 a 14 de julho, no Panamá, o Seminário Continental: Personas migrantes, refugiadas y deslocadas. Participam 36 pessoas, representando 14 países.
Na abertura do Seminário, Pe. Conrado, sj, como membro da equipe de preparação e coordenação, destacou que o Seminário tem com um de seus eixos fundamentais a escuta. É valiosa esta posição, porquanto são eles e elas os protagonistas, são as pessoas que têm histórias tristes e alegres, frustrantes ou promissoras, construtoras ou decepcionantes. Enfim, histórias vividas, momentos construtivos, caminhos partilhados com quem deseja colocar-se sempre a caminho lado a lado, com quem é forçado a deixar sua terra e recomeçar uma nova etapa em suas vidas.
O programa propõe, além de escutar e acolher os depoimentos impactantes dos e das migrantes, analisar a realidade migratória do Continente: causas, interconexões e pontos de concentração. Também se terá a oportunidade de visitar uma obra do “Fé e Alegria”, ocasião em que estaremos conhecendo a Casa do Migrante.
Este Seminário será também uma grande oportunidade para aprofundar a iluminação Teológica do trabalho que se realiza neste espaço eclesial, na ótica da Sinodalidade e Migrações.
É animador ouvir o depoimento de um migrante que diz “Nós não tivemos uma experiência negativa de acolhimento por parte da população panamenha”. Por outro lado, os migrantes comentam com transparência as dificuldades que enfrentam.
Uma reflexão sobre o magistério do Papa Francisco frente ao fenômeno das migrações também é tema neste Seminário, fortalecendo, assim, nossa missão, bem como interpelando-nos por avanços em nossos compromissos e ações em favor dos migrantes, refugiados e deslocados.
Participa do Seminário Ir. Rosita Milesi, diretora do IMDH/Fundação Scalabriniana, que destaca a oportunidade de reflexão e encontro com a realidade migratória. “Temos certeza de que este Seminário será um momento especial de aprofundamento de nossa missão, conhecendo melhor os desafios que a realidade das migrações no mundo nos apresenta e de buscar, em conjunto, estratégias de ação bem como a soma de forças para o agir sócio pastoral, articulado e em sintonia fraterna possa ser mais eficiente e eficaz”, lembra Ir. Rosita.