RedeMiR faz registro da trajetória em publicação on line

O ano de 2019 foi marcado pelos 15 anos da Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR) e pelos 20 anos do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), articulador da Rede e seu principal organizador. São anos de trabalhos dedicados à luta pela garantia dos direitos humanos de migrantes, refugiados, solicitantes de refúgio, apátridas e vítimas de tráfico humano, temática que a cada dia deve merecer mais a atenção dos governos e da própria sociedade.

O número de migrantes internacionais tem aumentado exponencialmente na última década e alcançou a marca de 272 milhões em 2019. Entre estes, mais de 70 milhões foram forçadas a deixarem suas casas para fugir da violência, perseguições, violações de direitos humanos ou ainda de situações de graves distúrbios na ordem pública local. Dentre o panorama global dos deslocamentos forçados, 26 milhões de pessoas foram reconhecidas como refugiadas.

Esse aumento dos fluxos migratórios também pode ser observado nos números de migrantes e refugiados que chegam ao Brasil. Segundo o IBGE, há registros da presença de migrantes em 3.876 municípios brasileiros. Além disso, é importante destacar o grande percentual de pessoas em situação de vulnerabilidade, em especial entre os migrantes e refugiados venezuelanos que chegam ao Brasil pelo estado de Roraima, e as limitadas oportunidades de integração que o atual contexto social, econômico e laboral oferece.

A presente publicação tem o objetivo de compartilhar iniciativas e práticas de ação desenvolvidas por instituições participantes da RedeMiR, bem como os resultados e desafios vivenciados. A partilha pode estimular que ideias e práticas venham a ser replicadas por outras organizações, portanto, identificar onde, quando e como elas estão acontecendo auxilia no fortalecimento e  perfeiçoamento das atividades desenvolvidas por toda a rede.

A publicação traz, ainda, um registro da trajetória da RedeMiR, a qual conta hoje com mais de 60 instituições situadas em todas as regiões do país. São abordados seus desafios e suas conquistas, com o desejo de incentivar a expansão e o fortalecimento da atuação em rede por parte das diversas instituições e atores sociais, a fim de melhor acolher, proteger e integrar a população migrante e refugiada.

Download da publicação Migração e Refúgio: Ação em rede e práticas acolhedoras no Brasil